Julgamento e Morte do Galo do Entrudo

Neste Carnaval fomos à Guarda passar uns dias.
No dia 4 de Fevereiro fomos convidados a presenciar um evento muito interessante: Julgamento e Morte do Galo do Entrudo.
Nos meios rurais, a morte ou enterro do Entrudo anunciava a renovação e o revigoramento da fauna e da flora. Um curioso ritual de expiação, uma catarse colectiva que expurga as culpas individuais e colectivas, imputando ao galo a responsabilidade por todos os desmandos e acontecimentos grotescos acontecidos na localidade ao longo do ano: questões passionais, desvio de águas da rega, mudança de marcos divisórios das terras, desavenças vicinas, adultério...
Desde tempos imemoráveis, este galináceo representa o poder, a autoridade, a vigilância, a virilidade e a fecundidade. O seu canto matinal renova o tempo, ao anunciar, triunfantemente, um novo dia. Contudo, quando acontece fora de horas, é presságio de mau tempo, doença ou má fortuna, virtudes premonitórias que ainda lhe são reconhecidas em diversos ditos, conservados por uma tradição milienar.
Este evento nocturno foi bem divertido, embora estivessem cerca de 4 graus! A crítica não poupou o Governo, a Câmara e claro, a ASAE que pretendia que o galo fosse de carne certificada, autenticada e carimbada por 2745 carimbos...
No final assistiu-se a fogo preso, que colocou toda a população em debandada...
Para o ano há mais!!!



Comentários

Mãe Happy disse…
Muito giras as fotos!
Eu como não ligo népias ao carnaval, nem sabia da existência de tal costume! ;)

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