"A Vida num Sopro"
Acabei de ler um livro com o título "A Vida num Sopro", de José Rodrigues dos Santos. Um romance nos tempos de Salazar, com a guerra civil de Espanha a acontecer mesmo ao lado. "Viver é sofrer" é a frase mais batida neste livro.
Achei muito bom. Fiquei a saber um pouco mais os tempos vividos pela minha avó (a história passa-se nos anos trinta em Portugal) e a perceber a sorte que eu tenho em viver nesta época. Como foi bom ter existido o 25 de Abril! Se tal não acontecesse, provavelmente estaria casada com alguém que não gostava e saber que não poderia divorciar-me, para trabalhar teria de pedir autorização ao meu marido, e não tinha direito a votar. Os homens tinham plena autoridade nas esposas.
Não podíamos falar de política e muito menos expressar as nossas opiniões sobre o Estado. Provavelmente estaria alguém da PVDE sentado ao nosso lado a apontar tudo o que dizíamos. Podíamos ser chamados a um inquérito, onde as nossas palavras ou actos seriam de tal forma enrolados que já não tínhamos saída possível...ou a colaboração ou a prisão, ou mesmo a morte.
Agora eu penso...vivo num país em que de certa forma temos liberdade de expressão, podemos casar com quem quisermos, divorciar quando as coisas correm mal, podemos abortar, podemos trabalhar, podemos votar, podemos FALAR!
No entanto, será que estamos a aproveitar bem esta liberdade? Ou estamos a viver numa nova anarquia?
Achei muito bom. Fiquei a saber um pouco mais os tempos vividos pela minha avó (a história passa-se nos anos trinta em Portugal) e a perceber a sorte que eu tenho em viver nesta época. Como foi bom ter existido o 25 de Abril! Se tal não acontecesse, provavelmente estaria casada com alguém que não gostava e saber que não poderia divorciar-me, para trabalhar teria de pedir autorização ao meu marido, e não tinha direito a votar. Os homens tinham plena autoridade nas esposas.
Não podíamos falar de política e muito menos expressar as nossas opiniões sobre o Estado. Provavelmente estaria alguém da PVDE sentado ao nosso lado a apontar tudo o que dizíamos. Podíamos ser chamados a um inquérito, onde as nossas palavras ou actos seriam de tal forma enrolados que já não tínhamos saída possível...ou a colaboração ou a prisão, ou mesmo a morte.
Agora eu penso...vivo num país em que de certa forma temos liberdade de expressão, podemos casar com quem quisermos, divorciar quando as coisas correm mal, podemos abortar, podemos trabalhar, podemos votar, podemos FALAR!
No entanto, será que estamos a aproveitar bem esta liberdade? Ou estamos a viver numa nova anarquia?
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